Bela Viagem a Israel
Publicado em 04/03/2024
Maria Tereza de Queiroz Piacentini
Era o ano de 1995 quando fui a Israel para visitar minha filha, que estava trabalhando em Tel Aviv depois de ter permanecido alguns meses no kibutz Shaar Haamakim.
Não se sai de Israel sem conhecer os lugares sagrados do Cristianismo, o Muro das Lamentações e o Domo da Rocha; sem banhar-se no rio Jordão ou mergulhar no mar Morto. A terra de Jesus e dos hebreus é feita de gente séria, industriosa, receptiva e musical. Tudo muito bonito e interessante!
Terminada a excursão de oito dias, fiquei mais uma semana com minha filha em Tel Aviv, e no feriado de Rosh Hashanah (Ano-Novo judaico) fomos a Jerusalém, onde percorremos os setores árabe e judeu da cidade. Foi neste último que degustei uma das três melhores lasanhas da minha vida – o molho era feito com espinafre e queijos, tudo banhado com azeite de oliva da melhor qualidade! Já na noite de sexta-feira encontramos todos os restaurantes fechados, porém o McDonald’s resolveu o nosso jantar.
UM ENCONTRO INUSITADO
No dia seguinte, respeitando a tradição religiosa, não havia nem mesmo uma cafeteria ou lanchonete aberta ao público. Sugeri então irmos ao melhor hotel do bairro, onde certamente encontraríamos o que comer. Deu certo, mas só havia sanduíches prontos para levar. Ao entrarmos no elevador, encontramos um ex-governador do Paraná, a quem me apresentei. A conversa foi rápida e cordial, ele se dizendo contente em conhecer as “vizinhas”.
Naquela noite, Dulce e eu fomos à telefônica para fazer uma chamada ao Brasil, o que não se conseguia de imediato. Enquanto esperávamos, entra no recinto um conhecido político paranaense, com expressão compungida, e nos conta que vinha telefonar aos seus parentes no Líbano para pedir que lhe trouxessem dinheiro em cash, pois sua esposa estava hospitalizada em Jerusalém fazia cinco dias e, dado o alto custo da internação, os dólares que ele tinha trazido nessa viagem estavam chegando ao fim. Depois da confidência ou desabafo, interessou-se em saber o que faziam mãe e filha em Israel. Conversamos um bom tempo. Imagino que tudo tenha corrido bem com o casal depois daquela desafortunada experiência. A última vez que tive notícia de José Richa foi com a leitura do seu obituário em dezembro de 2003. Mas ficou a lembrança de um ser humano agradável e sensível, que marcou a minha visita a Jerusalém.