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Pergunta nº: 403
11/09/2010 - EDSON CARLOS NASCIMENTO
Consulta: Cara Professora Maria Tereza:
Outro dia li um texto sobre o protocolo relacionado com emissão de gases e efeito estufa discutido e negociado na cidade japonesa de Quioto (grafada, assim, com qu). A minha questão é saber como a Sra. decide qual grafia utilizar em caso de dúvida. Imagino que o assunto seja controverso, mas há algum documento oficial que liste a grafia correta de topônimos? Quem decide se devo redigir Nova Iorque ou Nova York, Pequim ou Beijing, Quioto ou Kioto, Ramallah ou Ramalá? Obrigado. Edson.

Resposta:
No “Grande Manual de Ortografia Globo” (Rio de Janeiro, 1985, p. 101), Celso Luft afirma: “Para os nomes geográficos estrangeiros, o critério tem sido – (1) preferir a forma aportuguesada quando exista, e (2) não deformar aquelas que não a têm: (1) Antuérpia, Basileia, Bordéus, Lovaina, Lurdes, Nova Iorque, Ratisbona, Tubinga; (2) Auschwitz, Heildelberg, Lièges, Lisieux, Massachusetts, etc. Entretanto, a tendência mais moderna – brasileira pelo menos – é respeitar os topônimos na sua integridade original, mesmo quando tenham correspondente vernáculo: Bordeaux, Louvain, Lourdes, etc.”
Em outras palavras, costuma-se aportuguesar a escrita quando isso é possível, como no caso de Kyoto – Quioto, New York – Nova Iorque, Firenze – Florença. Em outros casos se respeita a grafia original por impossibilidade gráfica em português ou para não deturpar nem descaracterizar o nome, tornando-o ilegível (Massachússetes? Lisiê?). A decisão cabe ao senso comum.

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